Foto: Kenvue
Um felino silvestre de grande porte foi avistado no último sábado (15) no campus compartilhado entre as empresas Johnson & Johnson e Kenvue, em São José dos Campos, interior de São Paulo. As empresas confirmaram, por meio de comunicado interno, que câmeras de segurança flagraram o animal circulando próximo a uma área de vegetação preservada dentro do complexo. Não houve registros de ataques ou interações com funcionários, mas atividades externas foram temporariamente suspensas como medida preventiva.
De acordo com as imagens capturadas, o animal – ainda não identificado oficialmente – apareceu durante a madrugada, deslocando-se entre a borda da mata e as imediações de um estacionamento. Especialistas analisam as filmagens para determinar a espécie, mas a suspeita inicial é de que se trate de um puma ou onça-parda, animais comuns em regiões de mata atlântica. A área onde o campus está localizado é vizinha a fragmentos florestais, o que explica a possível aproximação do felino.
Ações das empresas
Em nota, a Johnson & Johnson e a Kenvue informaram que acionaram a Secretaria de Meio Ambiente local e o Grupo de Resgate de Animais Silvestres para monitorar a situação. "Priorizamos a segurança de nossos colaboradores e a integridade da fauna. Orientamos todos a evitar circulação em áreas abertas até que o animal seja localizado e resgatado", diz trecho do comunicado. Além disso, as empresas reforçaram a cerca perimetral do campus e instalaram câmeras térmicas para rastrear movimentos. Funcionários que atuam em turnos noturnos foram orientados a permanecer em ambientes fechados.
Contexto ambiental
O incidente reacende o debate sobre a convivência entre zonas industriais e habitats naturais. São José dos Campos, polo tecnológico e industrial, tem registrado aumento de aparecimentos de animais silvestres em áreas urbanas nos últimos anos, impulsionado pela expansão imobiliária sobre áreas de preservação. "Felinos são indicadores de ecossistemas saudáveis, mas sua presença em ambientes urbanos exige manejo adequado para evitar conflitos", explica o biólogo Carlos Ribeiro, especialista em fauna silvestre. Ele reforça a importância de corredores ecológicos para reduzir riscos tanto para humanos quanto para os animais.
Situação atual
Até esta segunda-feira (17), o felino não foi localizado. Equipes ambientais seguem em alerta, com armadilhas não letais instaladas na região. Enquanto isso, as empresas mantêm o esquema de segurança ampliado e prometem colaborar com ações de educação ambiental para funcionários.